Pastor preso por ler a Bíblia em protesto pró-aborto vence na justiça e recebe indenização
- 16/09/2024
O pastor Matthew Meinecke obteve uma vitória judicial importante contra a cidade de Seattle, que o havia classificado como risco à segurança pública por ler a Bíblia em um parque durante um evento pró-aborto.
No entanto, o pastor foi quem sofreu ataques por parte dos manifestantes. Na ocasião, os agressores chutaram sua Bíblia e a jogaram em um vaso sanitário de banheiro químico, um dia antes de sua prisão.
Com apoio dos defensores da First Liberty, a decisão garante sua proteção contra prisões injustas ocorridas em 2022 e assegura sua liberdade para se expressar publicamente.
O acordo judicial permite ao pastor Meinecke liberdade de compartilhar o Evangelho em Seattle sem o risco de novas prisões.
Além disso, ele recebeu uma compensação financeira por incidentes anteriores e teve os honorários advocatícios cobertos, encerrando assim as queixas do passado com plena justiça.
Bíblia proibida
Os confrontos de Meinecke com a lei tiveram início durante um protesto pró-aborto em Seattle, quando suas tentativas de ler a Bíblia e distribuir material religioso foram recebidas com hostilidade.
Isso resultou em sua prisão em duas ocasiões distintas, marcando o começo de sua batalha judicial.
A ordem de consentimento resolve de forma definitiva esses incidentes, reconhecendo que houve uma supressão indevida de seu direito à liberdade de expressão. Ela também garante ao pastor uma plataforma para exercer sua fé sem restrições.
Segundo o documento, as prisões de Meinecke ocorreram enquanto ele exercia pacificamente seus direitos garantidos pela Primeira Emenda, ao vocalizar suas crenças religiosas.
Apesar de sua postura pacífica, suas ações foram recebidas com hostilidade, incluindo reações agressivas de alguns participantes do protesto, entre eles ativistas violentos da Antifa.
Duas prisões
A intervenção policial que se seguiu não beneficiou Meinecke. Em vez de oferecerem proteção, os policiais o instruíram a deixar a área. Quando ele se recusou a sair, mantendo seu direito de expressão, acabou sendo preso, agravando ainda mais a situação.
Um incidente semelhante ocorreu dois dias depois no Seattle Center, durante o Seattle PrideFest.
Apesar de sofrer agressões verbais e físicas, a tentativa de Meinecke de interagir com a multidão levou a uma nova prisão, quando ele se recusou a deixar o parque público.
Esses eventos culminaram em uma decisão do 9º Tribunal de Apelações dos EUA em abril, que favoreceu Meinecke.
O tribunal condenou as ações da cidade como "vetos de provocação" inconstitucionais, determinando que restringir a liberdade de expressão com base na reação do público viola direitos fundamentais. A corte afirmou ainda que "a perda das liberdades garantidas pela Primeira Emenda constitui um dano irreparável", reforçando a gravidade da violação.
Direito de pregar
Nate Kellum, conselheiro sênior da First Liberty, comentou: “O governo nunca deve silenciar o discurso de um cidadão apenas porque o público discorda do que está sendo dito. O pastor Meinecke está feliz por deixar esse caso para trás e voltar a compartilhar o Evangelho nas ruas de Seattle."
Um caso semelhante ocorreu em junho de 2023, em Reading, Pensilvânia, quando o pregador de rua Damon Atkins foi preso por proclamar a Bíblia durante um comício do mês do orgulho LGBT.
Assim como Meinecke, Atkins enfrentou uma discussão acalorada com as autoridades locais sobre seu direito de pregar em um espaço público.
Um vídeo do evento mostrou manifestantes parados do outro lado da rua, exibindo bandeiras com temas LGBT, enquanto policiais de Reading observavam a situação.
Outro pregador de rua e ativista nos EUA, Rich Penkoski, relatou anteriormente que sua conta no Cash App foi bloqueada, supostamente devido aos seus protestos contra eventos LGBT.
Penkoski, fundador da organização online “Warriors for Christ”, viaja pelo país para protestar contra eventos como shows de drag queens e celebrações do orgulho LGBT, afirmando que sua mensagem cristã tem sido alvo de censura em várias plataformas.